13 de mai. de 2014

Casal homoafetivo é advertido publicamente em 'bar alternativo' da cidade



Na noite de hoje, duas jovens lésbicas foram constrangidas e interpeladas publicamente no bar ‘alternativo’ Casa da Madrinha ou Bar do Felim, localizado na Rua XV de Novembro, em frente à Romano's Pub. As moças estavam trocando carinhos (e olha que nem eram beijos) quando o dono do bar as advertiu que ‘parassem com aquilo’. 

Curioso é que na mesa ao lado, um casal (hétero) se beijava ardentemente e o dono do bar nada falou. Mais curioso ainda é o fato de um bar que ostenta o titulo de ‘alternativo’ tentar coibir manifestações homoafetivas, já que o público que mais frequenta esse tipo de estabelecimento é este (ou pelo menos era). 

As moças contam que na hora, não entenderam nada, acharam até mesmo que se tratava de uma brincadeira. “Não deve ter sido sério, já vim aqui várias vezes, já vi outros casais por aqui e nunca houve nada ostensivo”, disse Jordana Barros (28), frequentadora do local. 

Insatisfeitas com a dúvida, as jovens e mais quatro amigas que presenciaram o fato foram até o dono do bar, de quem ouviram a seguinte explicação: “Foi sério sim, aqui a gente não permite esse tipo de comportamento”. 

Esquece-se o dono do bar ‘Casa da Madrinha’, que a igualdade é princípio basilar da Constituição Federal. As pessoas podem fazer tudo aquilo que não é proibido e a manifestação de amor e carinho não é proibido. Proibido sim é pensar, ou melhor, agir de acordo com o pensamento de que algumas pessoas podem, e outras não. É esse tipo de pensamento que gera a noção de ofensa ao pudor (o germe da discriminação).

Imperatriz é uma cidade grande, já está na hora de os empresários do ramo do entretenimento local se adequarem à demanda dos seus diversos (no sentido mais amplo da palavra) públicos. São estes, espaços de construção e desenvolvimento de valores culturais e identitários, individuais e coletivos, como amizades, estimas e afetos (e aqui entra a homoafetividade).

17 comentários:

  1. Quando o questionei, sobre a "advertência" de que elas deveriam maneiras nos carinhos, e perguntei porque o casal hetero da mesa ao lado podia, e as garotas não podiam. Ele foi categórico em dizer que não aceitava "aquele tipo de coisa" e que preferia perder os clientes, mas não aceitaria aquilo. Paguei minha conta, fui embora, e não voltarei mais.

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  2. Ai meu Deus. Parece que a cada semana surge um caso desse, aí vem o povo 'indignado' que os héteros podem, etc, etc, etc. Vocês realmente acham que ser gay não chama a atenção? Que ser gay é totalmente normal perante a sociedade? Podem ir lá na Paulista todo santo dia com suas bandeiras coloridas que isso nada vai mudar. Não tenho nada contra os gays, desde que eles não sejam chatos assim. Seja gay e pronto. Parem de ser dodoizinhos. Se você é gay e está trocando carícias em pública, corre sim o risco de ser expulso do local. É assim e pronto. Aliás, agradeçam por ser só isso. Aqui na Russia, não existe mais parada gay porque as pessoas eram realmente espancadas.
    Isso sem falar em toda essa imposição gay nas TV, redes sociais e afins. Parem de ser viadinhos pelo menos uma vez na vida.

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    1. Nazistinha, você é ridícula, atormentada, pequena, ultrapassada, tudo de ruim. Ver pessoas se pegando te ofende, pessoas, apenas pessoas. E vem trazer a Russia e sua decadente guinada para o fascismo como exemplo. Por favor, gente como você deveria se desligar da humanidade, aproveita e vai pra Sibéria.

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    3. Bom eu sou de Imperatriz e Moro em São Paulo há algum tempo e posso dizer que vc está COMPELTAMENTE enganada, pecou pelo desconhecimento, e não só pela metrópole que é são São Paulo, mas pelo tempo em que vivemos, a compreensão que era respaldada pela bíblia já era, o AMOR que diziam alí era amor e não fora categorizado aos gêneros, mas não a colocarei no patamar de estúpida, pq ainda creio que a ignorância perdoa os equívocos da moralidade, enfim, ajuste-se e se permita... sua travessia nesta existência será bem mais plena se você não se deixa alienar pelas orelhas da opinião pública oriunda da televisão, quando o amor se manifesta, aí se manifesta também a liberdade, e neste país, embora não saibamos muto bem lhe dar com isso somos Livres... Aproveite isto e não deixe que a próxima geração que podem ser seus filhos permaneçam nessa onda burra que nós, não sei porque ainda estamos....

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  3. E aí, as jovens não foram na delegacia registrar ocorrência por que mesmo?

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  4. Julia Kolenda. Não conheço suas causas, não faço a menor ideia de pelo que tu luta.. se é que luta por algo. Não sei no que de melhor ou pior as manifestações das causas homossexuais trazem para sua vida. Mas de uma coisa eu sei. Para a vida dos que se interessam e lutam por elas, existem sim diferenças. Este mês um casal de amigas lésbicas conseguiu adotar duas crianças, devido a uma mudança constitucional, que veio através de luta. E este é apenas um dos exemplos que já presenciei. Sim existe o risco de algumas pessoas se incomodarem com o comportamento homoafetivo. PORÉM EXISTE O DIREITO DE LUTAR CONTRA ISSO. Quem está de choradeira aqui é você. Eu estou lutando pelo que acredito. A sorte dos donos dor bar, é que não foi comigo, porque se fosse, estaríamos tendo esta discussão em outra instancia.
    Você tem o direito de gostar do que quiser, eu também. A diferença entre nós, é que eu não estou te dizendo que você não pode brigar pelo que acha justo. E só mais uma coisa. que diabos a Russia tem com o bar do Felin?

    >> eu não tenho nada contra os héteros.. desde que eles não sejam retrógrados e medíocres assim <<
    >> busque suas causa, não menospreze as causas dos seus semelhantes <<

    E a respeito de não lutar.

    "para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada" Edmund Burke

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  5. Querida Julia, você só está podendo expor a sua opinião graças às mulheres "viadinhas" que foram às ruas lutar pelo seu direito de voto e pela igualdade de gêneros há algumas décadas. Se hoje o fato de uma mulher se expressar é "normal perante a sociedade", agradeça às viadinhas. A sociedade não evolui por si só.

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    1. Quero convidar todas as meninas que possam e que queriam fazer parte de uma simples manifestação pacífica no sábado a noite ás 20hs no casa de madrina, (dia 17/05/2014), será organizado e simples.
      Vamos entrar, mas não vamos consumir nada, apenas dizer que estamos ali pacificamente para dizer que todos tem direito a demonstrar carinho a quem ama, explicando o acontecido ontem a noite, e os casais de meninas irão se beijar, e depois todas vamos embora, deixando bem claro que não vamos mais voltar.
      Criamos um grupo no Whatsapp para combinarmos tudo, quem quiser ir é só me passar o número que eu adiciono.
      Quanto mais casais melhor, se algum casal gay se interessar tbm podem participar.
      E-mail: gabrielasapaiva@gmail.com

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  6. Eu fico extremamente chocado quando vejo um comentário infeliz (Sim! INFELIZ) e carregado de preconceito como o da senhora "nada contra os gay´s". Julia Kolenda, eu não sei quem é você, não sei quais são suas ideologias e lutas mas, espero sinceramente que você consiga evoluir como ser humano, onde aceitar a diversidade é essencial.

    P.S.: Não julgue alguém pela sexualidade quando você não quer ser julgada pelo caráter.

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  7. Nossa, que menina ridícula! Sim, o preconceito existe, mas deve ser combatido. Os preconceituosos é que devem se ajustar e não o contrário. E não venha com esse blá blá blá de "aqui na Rússia é assim", pois a Rússia não é referência pra ninguém nesse aspecto. Mire-se na Holanda, Dinamarca, Canadá e outros, e não na decadente Rússia! Vê se cresce, garota!

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  9. "Precisamos cuidar do crescimento ético, do desenvolvimento espiritual que nos fará, finalmente, livres dos preconceitos, que até hoje na História do Mundo, só trouxeram a espada, a divisão, o sofrimento.

    Todos os seres humanos são formados dos mesmos elementos. Têm as mesmas necessidades, como seja de comer, beber, dormir, amar e sonhar.

    Não há, pois, motivo algum para que alguém se julgue mais importante ou superior a quem quer que seja."

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  10. Nota de esclarecimento

    Acerca do ocorrido na noite de terça-feira (13/06), no Bar ‘Casa da Madrinha’, e diante da repercussão do mesmo, venho de público, testificar a veracidade do fato relatado no blog ‘Agora Binhi’.
    1. Não houve excesso – as moças estavam apenas trocando carinho, até onde eu sei, cheirar o cangote de alguém não é atentado ao pudor;
    2. Sim, a atitude do dono do bar partiu do apelo de clientes da mesa ao lado (foi o que observamos na hora), porém, se o Felim não pensasse igual, teria dito a estes que não tinha por que reprimir o carinho entre as jovens, já que elas não estavam se excedendo;
    3. No mesmo instante, na mesa do outro lado havia um casal hetero quase procriando e ele não falou nada.
    4. Sobre a ocorrência existem muitas testemunhas.
    5. As moças não denunciaram à polícia por que não são assumidas em família (é tão difícil assim entender?).
    6. Eu tenho um registro profissional a zelar, não arriscaria minha reputação profissional divulgando boatos.

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