Eleições: Redes sociais podem facilitar ou atrapalhar o jogo político
Listamos cinco erros que políticos costumam cometer nas redes sociais e as dicas para corrigi-los a tempo
Não é de hoje que empresas, organizações, artistas e políticos utilizam
as redes sociais como forma de aproximação com o publico. Com a crescente
adesão dos eleitores às mídias sociais – vide os cerca de 88 milhões de brasileiros
presentes no Facebook, por exemplo – a entrada de políticos e candidatos nesses
meios tornou-se recorrente, isso não é um problema (pelo menos não deveria ser,
já que as redes sociais estão aí pra ‘socializar’, compartilhar). A questão é
que a grande maioria deles cai em erros comuns, que invés de aproximar o
publico, o repele.
Erro nº1: Santinhos
virtuais
Na boa, as pessoas já não têm paciência para os tradicionais santinhos,
avalie para digitalizados! Nas ruas, a lixeira é o destino deles, e no
ambiente virtual, também! Quem interage com este tipo de conteúdo são apenas
militantes, profissionais da própria campanha ou usuários muito engajados. O restante
dos usuários, incomodados com o turbilhão desse tipo de conteúdo em sua
timeline, acaba cancelando assinaturas ou dando unfollows.
O que fazer? Poste conteúdos que se aproximem dos
eleitores, humanize sua campanha, mostre como você pode mudar a realidade de
cada pessoa. Ao invés de pedir votos, venda ideias. Mostre para o seu
público-alvo que você compartilha dos mesmos problemas que ele e, além disso,
tem soluções para eles. Uma boa estratégia é buscar blogs que tratam de
assuntos de sua campanha e interagir com as postagens.
Erro nº 2: Ausência de uma estratégia de relacionamento
Com as redes sociais as discussões
políticas têm extrapolado fóruns ou grupos específicos sobre o assunto. A troca
de ideias através das interações que ocorrem entre os seguidores dos perfis
acabam proporcionando acesso a opiniões contrárias a do individuo, gerando
debates. Essas discussões acabam superando questões de gênero ou classe social. Duas atitudes são muito comuns: deixar um usuário falando sozinho e não
saber lidar com críticas reclamações. Resultado: crises e mais crises.
O que fazer? Ao se relacionar com um candidato em
uma mídia social, o usuário assume uma postura: troll, militante, agressiva,
questionadora, entre outras. Esses perfis comportamentais são chamados de
“atores”. Para cada perfil, a equipe de campanha deve ter uma estratégia de relacionamento,
seja para prevenir/controlar uma crise ou dar mais voz a algum usuário. Nunca deixe
um usuário sem resposta (isso não significa que você tenha que responder um a
um separadamente). As reclamações e sugestões costumam ser repetidas por
diversos usuários, responda-os em sua timeline, de forma geral, assim ele não poderá
acusá-lo de descaso e desrespeito. Lembre-se, se deixá-lo insatisfeito, ele
pode tomar isso como ofensa e precipitar-se a difamá-lo publicamente. Ou seja, você
acaba de dar um tiro no pé.
Erro nº 3: Levar em conta apenas números de vaidade
“Números de vaidade” são aqueles que só servem para deixar o relatório
de mídias sociais mais bonito e mexer com o ego do candidato. Por exemplo, já
vi o número de seguidores no Twitter de um político crescer mais de 50% em
menos de 24h. Mas, após fazermos uma investigação, descobrimos que ele havia
usado uma ferramenta para a compra de seguidores.
O que fazer? Não pense apenas na quantidade, mas,
sim, na qualidade dos seus fãs ou seguidores. Você está atingindo seu
público-alvo? Eles interagem com você? Você consegue vender suas ideias para
esse público?
Erro nº 4: Não prever cenários
Poucos candidatos fazem o monitoramento de seus nomes e de assuntos
estratégicos em mídias sociais. Desta forma, não conseguem antecipar crises nem
prever cenários.
O que fazer? O ideal é ter analistas monitorando
as mídias sociais, classificando o que está sendo dito e separando por assunto.
Com esses dados em mãos, a assessoria de comunicação pode pautar seu conteúdo
de forma mais específica e prever crises.
Erro nº 5: Confiar suas redes sociais a pessoas leigas
As pessoas de modo geral, costumam achar que rede social é ‘coisa de
menino’, que qualquer um pode gerir uma página (e de preferência, de graça ou com
baixíssima remuneração). Acontece que esse é um trabalho muito serio! Analistas
de mídias sociais são, normalmente, comunicólogos (jornalistas, publicitários
ou relações públicas).
O que fazer? É muito importante ter profissionais
capacitados, já que eles estarão lidando com a sua imagem. A gestão, analise e
monitoramento de redes sociais é um trabalho minucioso de assessoria, e como
tal, envolve muita responsabilidade e conhecimento.
Por Priscila Gama (jornalista, com experiência na área de gestão e monitoramento de redes sociais corporativas). | Fonte: imprensa.me
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