18 de mar. de 2014

Eleições: Redes sociais podem facilitar ou atrapalhar o jogo político

Listamos cinco erros que políticos costumam cometer nas redes sociais e as dicas para corrigi-los a tempo

Não é de hoje que empresas, organizações, artistas e políticos utilizam as redes sociais como forma de aproximação com o publico. Com a crescente adesão dos eleitores às mídias sociais – vide os cerca de 88 milhões de brasileiros presentes no Facebook, por exemplo – a entrada de políticos e candidatos nesses meios tornou-se recorrente, isso não é um problema (pelo menos não deveria ser, já que as redes sociais estão aí pra ‘socializar’, compartilhar). A questão é que a grande maioria deles cai em erros comuns, que invés de aproximar o publico, o repele.
Erro nº1: Santinhos virtuais
Na boa, as pessoas já não têm paciência para os tradicionais santinhos, avalie para digitalizados! Nas ruas, a lixeira é o destino deles, e no ambiente virtual, também! Quem interage com este tipo de conteúdo são apenas militantes, profissionais da própria campanha ou usuários muito engajados. O restante dos usuários, incomodados com o turbilhão desse tipo de conteúdo em sua timeline, acaba cancelando assinaturas ou dando unfollows.
O que fazer? Poste conteúdos que se aproximem dos eleitores, humanize sua campanha, mostre como você pode mudar a realidade de cada pessoa. Ao invés de pedir votos, venda ideias. Mostre para o seu público-alvo que você compartilha dos mesmos problemas que ele e, além disso, tem soluções para eles. Uma boa estratégia é buscar blogs que tratam de assuntos de sua campanha e interagir com as postagens.
Erro nº 2: Ausência de uma estratégia de relacionamento
Com as redes sociais as discussões políticas têm extrapolado fóruns ou grupos específicos sobre o assunto. A troca de ideias através das interações que ocorrem entre os seguidores dos perfis acabam proporcionando acesso a opiniões contrárias a do individuo, gerando debates. Essas discussões acabam superando questões de gênero ou classe social. Duas atitudes são muito comuns: deixar um usuário falando sozinho e não saber lidar com críticas reclamações. Resultado: crises e mais crises.
O que fazer? Ao se relacionar com um candidato em uma mídia social, o usuário assume uma postura: troll, militante, agressiva, questionadora, entre outras. Esses perfis comportamentais são chamados de “atores”. Para cada perfil, a equipe de campanha deve ter uma estratégia de relacionamento, seja para prevenir/controlar uma crise ou dar mais voz a algum usuário. Nunca deixe um usuário sem resposta (isso não significa que você tenha que responder um a um separadamente). As reclamações e sugestões costumam ser repetidas por diversos usuários, responda-os em sua timeline, de forma geral, assim ele não poderá acusá-lo de descaso e desrespeito. Lembre-se, se deixá-lo insatisfeito, ele pode tomar isso como ofensa e precipitar-se a difamá-lo publicamente. Ou seja, você acaba de dar um tiro no pé.
Erro nº 3: Levar em conta apenas números de vaidade
“Números de vaidade” são aqueles que só servem para deixar o relatório de mídias sociais mais bonito e mexer com o ego do candidato. Por exemplo, já vi o número de seguidores no Twitter de um político crescer mais de 50% em menos de 24h. Mas, após fazermos uma investigação, descobrimos que ele havia usado uma ferramenta para a compra de seguidores.
O que fazer? Não pense apenas na quantidade, mas, sim, na qualidade dos seus fãs ou seguidores. Você está atingindo seu público-alvo? Eles interagem com você? Você consegue vender suas ideias para esse público?
Erro nº 4: Não prever cenários
Poucos candidatos fazem o monitoramento de seus nomes e de assuntos estratégicos em mídias sociais. Desta forma, não conseguem antecipar crises nem prever cenários.
O que fazer? O ideal é ter analistas monitorando as mídias sociais, classificando o que está sendo dito e separando por assunto. Com esses dados em mãos, a assessoria de comunicação pode pautar seu conteúdo de forma mais específica e prever crises.
Erro nº 5: Confiar suas redes sociais a pessoas leigas
As pessoas de modo geral, costumam achar que rede social é ‘coisa de menino’, que qualquer um pode gerir uma página (e de preferência, de graça ou com baixíssima remuneração). Acontece que esse é um trabalho muito serio! Analistas de mídias sociais são, normalmente, comunicólogos (jornalistas, publicitários ou relações públicas).

O que fazer?  É muito importante ter profissionais capacitados, já que eles estarão lidando com a sua imagem. A gestão, analise e monitoramento de redes sociais é um trabalho minucioso de assessoria, e como tal, envolve muita responsabilidade e conhecimento. 


Por Priscila Gama (jornalista, com experiência na área de gestão e monitoramento de redes sociais corporativas). | Fonte: imprensa.me

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